04 outubro, 2007

Ser Português! parte II

Ler primeiro Ser Português! parte I (mais abaixo)

Na primeira notícia, que transcrevo mais abaixo, de acordo com a notícia que ouvi na Rádio, havia a possibilidade de alguns desses mineiros serem Portugueses. A própria porta-voz da empresa que explora a mina é Portuguesa. Uma das maiores minas de ouro do mundo volto a sublinhar.

Na segunda notícia, eu, aqui no meu subconsciente, sabia que a música “Mothers of the disappeared” (álbum Joshua Tree) dos U2, que eu tanto admiro, escrita em homenagem às mães dos mortos pelo regime Argentino, era afinal dedicada também a algumas mães Portuguesas.

E o Sr. Januário, empresário no ramo da cortiça que encontrei no Aeroporto de Jijel, na Argélia. E o Sr. Gomes, em Annaba, do Sr. Ribeiro em Batna, de outros 3 senhores que encontrei no hotel de Ain Beida que não fixei o nome, da Madame Sousa(?) proprietária do Restaurante de luxo “Lisboa” em Sétif, do estagiário da concorrência no Auberge du Moulin, em Alger, e muitos, muitos outros que soube que passaram, aonde passei antes de mim. Isto só na Argélia.
Mais! O funcionário do “El corte inglês” e os turistas nas Ramblas, em Barcelona, o funcionário no Aeroporto de Orly em Paris, emigrante de segunda geração que falava um Português mais perceptível que um Açoriano (já lá vamos), o minimercado e o café Portugueses ao fundo fundinho da Portobello Road em Notting Hill, os amigos da Ni empresários de sucesso no ramo do turismo em Espanha que tive o enorme prazer de visitar, and so on, and so on… ficava aqui o resto dia…
Estes conheço eu...

Mas o que dizer, dos atentados de Bali, na Indonésia, em Outubro de 2005 em que morreu um Português que estava… numa discoteca!
Daqueles que fizeram notícia ao se tornarem alicerce humano enterrados numa barraca de Fortaleza, Brasil, mortos por outro Português, o tal do Militão.
Dos milhares de padeiros e merceeiros no Brasil e Venezuela, dos milhares de pescadores e construtores civis em New Bedford ou New Hampshire, nos EUA e Canadá, grande parte Açorianos (ei-los), e das zonas de Aveiro, Cantanhede e Leiria.
Dos Madeirenses na Venezuela e Africa do Sul (o Berardo é um deles).
Das centenas de milhar na França, Suiça, Alemanha, Inglaterra e Holanda na construção civil também, limpeza e apanha de fruta e outras actividades que os locais não querem fazer, por acharem que é trabalho desprestigiante.
15% dos habitantes do Luxemburgo é, imagine-se, Português!
E todos os outros que ao terem tanto sucesso não são tão falados, porque só as más notícias vendem?
Tudo isto sem pesquisa para não entrar no detalhe.

O hábito que os Ingleses têm de beber chá, foi uma Portuguesa que lhes meteu. 5 o´clock, tea time!
Quem pinta a torre Eiffel quando é preciso, são os Portugueses!
Quem fez, com muito suor e dor de joelhos, o famoso calçadão da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro? Adivinhem! Portugueses e bem decerto dos iletrados!
A cidade capital dos EUA, Washington DC, foi desenhada em função da baixa Lisboeta, sabiam? Desenhada pelo tal do Sebastião de Carvalho e Melo, também conhecido por Marquês de Pombal.
Os primeiros Ocidentais a visitar o Tibete eram Portugueses (os nomes, esqueci-me, procurem na Internet).
Quem provou que sim, afinal Galileu tinha razão, o mundo é redondo? Magalhães.
Descobrir como ir até á Índia, montados nuns bocados de madeira a que chamavam de caravelas, buscar pimenta e especiarias que tais, pagas a peso de ouro, para que uns totós quaisquer comessem comida temperada, nós demos conta do recado!
Quem salvou cerca de 30.000 pessoas na 2ª Guerra Mundial. Não foi o Schindler de certeza! Esse teve direito a filme, mas não foi ele, foi o pobre do Aristides que ficou sem emprego. E sem dinheiro. E com o honra manchada. E ninguém comeu ainda pipocas a ver esse filme no cinema!

Três vivas a D. Afonso Henriques e á Padeira, a Pessoa e Amália, ao Eusébio, Figo, Mourinho e Cristiano, aos pais da Nelly Furtado, ao Guterres, Durão e Sampaio, ao Infante D. Henrique e seus “associados”, a D. Pedro e Inês, Magalhães e a todos os outros que somos nós! Alguns de nós que seguem os passos de outros e procuram, noutro lugar, o sucesso que não conseguem aqui, mas não conheço nem um que não tenha orgulho no país que nasceu, ou em que teve origem.
Ao bacalhau, ás praias do Algarve (cheias de “bifas” suas malucas!), ao vinho, á Super Bock e á Sagres (quem já provou vinho e cerveja estrangeiros sabe do que falo), á sardinha assada na broa, ao S. João, a rainha das festas depois da matança da Porca em Murça do Douro, ao imenso Alentejo cheios de boa gente, às romarias Minhotas, ao Gerês, às Aldeias de Piódão e de Monsanto. Sempre com um Português a acompanhar a falar este idioma de Camões, o quinto mais falado no planeta, o terceiro do mundo Ocidental.

Até a Salazar, que obrigou tantos a dar “O Salto” e assim espalharem os nossos hábitos e costumes, idioma e desenrascanço característico do genuíno Português que fala qualquer língua MESMO!
Sim porque até a opressão e ditadura têm um lado bom da coisa.
Tudo tem.

Desconfio que mesmo que houvesse um cataclismo nuclear à escala global, só sobreviriam dois tipos de organismos: as baratas e os Portugueses. Eita bicho persistente e adaptável ás adversidades. E não estou a falar das baratas!

Mas o maior e melhor Português sou eu!

Arrogante? Talvez, mas pensem todos assim e a ver se não fazemos deste cantinho á beira mar plantado um país bem melhor!
Não somos menos que uns “bifes” quaisquer sem vida própria que vivem com aquilo que lêem nos jornais de referência duvidosa.
Não somos menos que esses cara de “baguete” que para dizerem 97 complicam ao ponto de multiplicarem quatro vezes vinte mais dezassete (quatre-vingt dix-sept).
Muito menos que os Espanhóis que além de Espanhol sabem falar... Espanhol! E que são a simpatia que são! Ui!
Pior ainda os Americanos, que num mapa-mundo não conseguem apontar para o próprio país e que pensam que na América latina se fala… Latim.

O primeiro que eu ouvir dizer, “este país é uma merda”, ou “é este o país que temos” tem de fazer contas comigo!

Ai tem tem!

4 comentários:

Nídia Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nídia Nobre disse...

Bem sabes que quando tenho que dizer mal de ti, digo… ;)
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Por isso, quando há que dar-te os parabéns, também cá estou eu: Parabéns pelo depoimento patriota tão bem apoiado com os (grandes) feitos dos nossos Portugueses!
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Impressionante como um País tão pequeno de tamanho é tão grande nas suas Gentes!
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Pena é de quem - por ignorância! - diz tão mal de quem o pariu.
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Mas como nem todas as mães são boas mães - como vem sendo provado nas notícias dos últimos tempos - também é certo que nem todos os filhos são bons filhos.
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Mas esses agora não são para aqui chamados, pois este filho é com certeza um motivo de orgulho!
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Grande António! :)

Unknown disse...

É verdade. Como é que é possivel que um país com cerca de 10 milhões de habitantes, tenha colonizado o mundo. O EUA têm pessoal em todo o lado mas eles são 300 milhões e chineses nem se fala, agora com os seus 10 milhões de portugueses é um feito. Eu desconfio que alguns dos monges da birmania alguns deles devem ser portugueses!
Brilhante há um portugues que te esqueceste referir que foi o primeiro ataque talibã fora do afganistão foi feito por um português que tentou assassinar o rei do afeganistão no exilio em Italia, mas o sangue português falou mais alto e em vez de se tornar um martir para a causa E suicidar-se preferiu ir para a cadeia, é que para morrer só na nossa hora e não na dos outros. É como tu dizes após um ataque nuclear quem é que vai sobreviver as baratas e os PORTUGUESES!!!

Nídia Nobre disse...

Para continuar a apoiar o teu nacionalismo:
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"Uma série de estatísticas deprimentes (para os EUA): Num estudo recente (2004), dos 168 países analisados, 163 garantiam às mães licenças de parto pagas; 45 estendiam-nas também aos pais. Em 139 países a baixa por doença é paga e em 37 os pais tinham direito a baixa por doença dos filhos. 96 desses países tinham subsídio de férias; 84 limitam por lei o tempo de trabalho semanal. Nos Estados Unidos nada disto acontece. Quase um terço das mulheres norte-americanas não recebe subsídio de férias." in "A Mim Não Me Enganam, Um Ano Sem ir às Compras", de Judith Levine
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Ricos(?!) EUA!