30 maio, 2007




Chegou o dia!

Depois de tanta viagem (cada cupão vermelho corresponde a uma viagem de ida e volta) aqui por terras Argelinas, chegou a hora de embarcar, mas desta feita a caminho de casa. Da minha casa e da minha família. Tava aqui a arrumar a secretária e achei piada a juntar para a posteridade todos estes cupões. Não me habilitam a nada, quanto muito a um dedo acusador por contribuir para o aquecimento global, mas se valessem milhas ou pontos já tinha tido direito a um rádio. No mínimo. Talvez até daqueles que têm rodas e portas e vidros, motor e dá para viajar neles. Desses mesmo que buzinam! Calculo que só em viagens internas aqui pela Argélia tenha feito uns 55.000kms de avião em menos de dois anos. Entre muitos, muitos mesmo atrasos, malas perdidas, confusões das mais variadas e episódios que vou guardar na memória para todo o sempre, nunca me deixaram em terra. Cheguei a esperar 9 horas pelo mesmo avião, mas veio, sempre.
Air Algerie em Português quer dizer, “Avião Atrasado” eheheh

Manhana, hasta Madrid e después, Porto! Canieco!!! Ai caramba!

Agora compreendo os emigrantes, que esperam todo o ano para irem de volta a Portugal. Uma ansiedade coloca-nos em transe nos últimos momentos antes e durante a viagem. Á chegada, após um bom bocado de termos chegado, quando já tivermos visto e abraçado toda a gente, naquele momento que mais parece um sonho, é que se dá a viragem é que damos conta que é mesmo verdade e dizemos: “agora sim estou em casa!”

Nos últimos dois anos, vivi esta situação uma boa vintena de vezes, e de cada vez, acho que perdi uns dez anos de vida. Acho que vou começar a fumar, desconfio que não mata tanto. Ao menos o tradicional emigrante só passa por este martírio uma, máximo duas vezes por ano (mas e daí se calhar até nem se importava de passar o que eu passo).

Desta vez vai ser um bocadinho diferente porque não volto cá tão cedo. Que o Diabo seja surdo, mas se o Mourad, “a contratação da época” der bem conta do recado, e eu, ainda assim, passar umas boas horas ao telefone, acompanho o desenrolar da novela, mas de longe para parecer mais bonito.

Vai ser bom poder saborear um bom bacalhau, a sardinha assada no nosso primeiríssimo Santo António em Famalicão, o Lago dos Cisnes (finalmente o Lago dos Cisnes) no Coliseu do Porto, a despedida de solteiro do Carlitos (quem quer saber de casório mesmo eheheh), poder fazer fisioterapia ao pé, enfim, liberdade de fazer o que quiser, como quiser, onde quiser, LI-BER-DA-DE! Um verdadeiro binte-xinco-abrile mas em Junho eheheh
Sei lá, acho que vou cometer uma loucura e pedir, sei lá, um croissant misto no pão quente lá ao pé de casa. Ai fiambre… E depois estranho os kilos a mais, é a terceira vez que falo em comida num paragrafo (e eu nem falei na despedida de solteiro eheheh)

Vou então carregar o carro da matricula amarela com as malas cheias de Saudades, ensaiar o sotaque “avec” para impressionar (ah oui ahn!), ouvir a cassete pimba do emigrante, e vou partir, naquela estrada…


Chez moi.

Adeus

Adeus que me vou embora
Adeus que me embora vou
Vou daqui para a minha terra
Que eu desta terra não sou

Tenho minha mãe à espera
Cansada de me esperar
Naquela encosta da serra
Vamos ser dois a chorar

À espera tenho o meu pai
Aos anos que o não vejo
O tempo que vai durar
O meu abraço e o meu beijo

(Excerto de um tema tradicional do Alto Minho)


Até sempre Tio Amândio

25 maio, 2007

Os meus impostos, aonde vão eles...








Almeida Santos afasta aeroporto na margem Sul por problemas de segurança
O presidente do PS, Almeida Santos, invocou quarta-feira perigos de segurança para a localização de um aeroporto na margem Sul do Tejo, advertindo que uma ponte dinamitada poderá desligar o Sul do Norte do País.

"Um aeroporto na margem Sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o Norte do Sul do País", declarou Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS.

Em declarações aos jornalistas, Almeida Santos disse desconhecer as afirmações proferidas pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, que afastou a hipótese de o aeroporto se localizar na margem Sul do Tejo por as zonas de Poceirão, Faiais e Rio Frio (as alternativas à Ota) serem um "deserto".

"Não é num deserto que se faz um aeroporto" , sustentou Mário Lino.


Fonte: Agência Lusa

Ora daqui sai o quê?


O governo no fundo no fundo, não quer o Aeroporto na Margem Sul, porque depois tem de fazer a manutenção a mais uma (imagine-se, mais uma) ponte e isso é uma chatice.

Desconfio que o próximo argumento que vão usar é que a Ponte de Hintze Ribeiro, em Entre-os-rios, também foi dinamitada. Manutenção que era bom, tá quieto!

Estes mesmos senhores qualquer dia andam para aí a dizer que vamos ter TGV entre Lisboa e Porto. Sim, um comboio que para conseguir atingir a alta velocidade (anunciados 300km/h) tem de se "esquecer" de parar em Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro (paragens previstas). Qualquer semelhança com um comboio regional é pura coincidência.

Tenham juízo e lembrem-se que o meu rico dinheirinho anda a ser administrado por quem não tem tento na língua e que antes de falar devia pensar. Já nem digo duas vezes.

18 maio, 2007

António Alfacinha entra em Julho na “Turma da Mónica”

"António Alfacinha", a personagem portuguesa da Turma da Mónica, do brasileiro Maurício de Sousa, vai estrear-se em Julho, informou hoje uma fonte da empresa responsável pela edição da obra.

A nova personagem, cujo sobrenome é uma alusão aos lisboetas, terá a sua primeira participação na revista do Cebolinha, da Turma da Mónica, com distribuição em todo o Brasil e também em Portugal.
António Alfacinha terá "sotaque lusitano", sendo o objectivo mostrar às crianças as diferenças entre o português dos dois lados do Atlântico, explicou o responsável pela Maurício de Sousa Produções.
O autor planeia igualmente explorar nas bandas desenhadas as confusões e desentendimentos causados pelos diferentes significados que algumas palavras têm nos dois países.
A edição a ser distribuída em Portugal terá a grafia do português do Brasil, decisão tomada com base numa sondagem feita pelo próprio autor junto de leitores portugueses.
A maioria dos entrevistados, segundo a fonte, confessou que prefere ler a banda desenhada em português "brasileiro".
A decisão de criar uma personagem portuguesa tinha sido anunciada por Maurício de Sousa, no ano passado, por ocasião do Festival de Banda Desenhada de Amadora.
Fonte: Agência LUSA


Nada contra, mas António?!?


Ainda por cima Lisboeta! BAH!

13 maio, 2007

e os felizardos deste mês sao...

Quem me conhece, sabe que sou exímio em questões de datas, sobretudo, aniversários. …e o Dezanove claro está.

E modéstia, não? Claro!

Dizia eu que estou atento, ou pelo menos esforço-me para me lembrar de toda a gente na sua data mais especial. Quando chega o dia tento não deixar passar a oportunidade de falar com essa pessoa, o que se torna um pouco difícil, pois é tanta gente, e tão dispersa, que conheci em tantas situações e épocas diferentes que chegar a todos é um dos 12 trabalhos de Ulisses, mas faço o que posso.

E pois claro, de todos, alguns se realçam, e o mês de Maio é propício neste aspecto. Ora então aqui vão os números da lotaria:

A 6 de Maio 1998, David Lameirinhas Soares, meu querido e lindo afilhado. Sim a Carolina, coitadinha, vai ter um padrinho usado eheheh.

A 7 de Maio 1975, Nuno Miguel Vilela Almeida, camarada de liceu, só é mesmo pena ser Portista. Citando-o, “como é que um gajo tão porreiro [eu] é Benfiquista???” No comments!

A 8 de Maio 1977, Luis Miguel Costa Gomes Agostinho, um membro activo do gang, com a ocupação nas horas livres de criador de tsunamis no rio Coura. Este então é que é impossível esquecer. Já bastou uma vez, não foi?

A 9 de Maio 2006 Matilde Cardoso Azevedo. Minha pequenina primita, filha do Pêras e da Lúcia e irmã da futura international pop star Inês!

A 27 de Maio 1979, Carla Maria Sobral Pinto, a minha P+P, que lá longe em Paris, que com o meu cousin Jerôme “le patissier” (em Pt, “le pasteleiro”) esperam o querido mês de Agosto, para como qualquer emigrante voltar e rever a família.

A 30 de Maio 1971 Luis Miguel Gonçalves Silva, querido camarada de luta com quem tive o prazer de trabalhar no meu périplo pelo Alentejo e Algarve.

Canieco! São pelo menos 6 (seis)!

Confesso que podia ter um Mercedes (ainda que usado, como o padrinho!) se tivesse poupado todos os euros (e escudos) que gastei, mas tal como este blog, foi uma maneira que encontrei de não perder o contacto com a malta. Algumas das pessoas, da lista anual, só falo com elas nesse dia e pelas festas de Dezembro. Mas não há nada como ouvir as suas vozes, porque convenhamos, toda, mas TODA a gente mesmo, gosta de se sentir lembrada, e no seu aniversário então… Aliás esta é outra das razões pelo qual tento deixar passar estas datas, eu mesmo, mea culpa, no que toca ao meu aniversário, parece que faço sempre 6 anos! Sou um autêntico puto! Ano passado, metemos lá em casa 24 pessoas para comerem bolo rasca e beber champagne quente! Mas lá estavam! E pouco me podia fazer tão feliz! Talvez mais de 24? Eheheh

Para todos então, aqueles que me lembro e aqueles que, como ser humano me esqueci, um muito Feliz Aniversário!

Seus bebés!

06 maio, 2007

Maria Fernanda Carneiro

Mãe é Mãe e hoje é o dia dela.

E a minha, desculpem a modéstia, é a melhor do mundo!

Um xi bem apertado para ela e um beijinho cheio de carinho e Saudades.

Prontos, prontos, para todas as outras mães do Mundo, um beijnho especial.

Mas na verdade, uma Mãe não precisa de ter um dia específico para saber, que sem elas, não eramos mesmo ninguém!