Ler primeiro Ser Português! parte I (mais abaixo)
Na primeira notícia, que transcrevo mais abaixo, de acordo com a notícia que ouvi na Rádio, havia a possibilidade de alguns desses mineiros serem Portugueses. A própria porta-voz da empresa que explora a mina é Portuguesa. Uma das maiores minas de ouro do mundo volto a sublinhar.
Na segunda notícia, eu, aqui no meu subconsciente, sabia que a música “Mothers of the disappeared” (álbum Joshua Tree) dos U2, que eu tanto admiro, escrita em homenagem às mães dos mortos pelo regime Argentino, era afinal dedicada também a algumas mães Portuguesas.
E o Sr. Januário, empresário no ramo da cortiça que encontrei no Aeroporto de Jijel, na Argélia. E o Sr. Gomes, em Annaba, do Sr. Ribeiro em Batna, de outros 3 senhores que encontrei no hotel de Ain Beida que não fixei o nome, da Madame Sousa(?) proprietária do Restaurante de luxo “Lisboa” em Sétif, do estagiário da concorrência no Auberge du Moulin, em Alger, e muitos, muitos outros que soube que passaram, aonde passei antes de mim. Isto só na Argélia.
Mais! O funcionário do “El corte inglês” e os turistas nas Ramblas, em Barcelona, o funcionário no Aeroporto de Orly em Paris, emigrante de segunda geração que falava um Português mais perceptível que um Açoriano (já lá vamos), o minimercado e o café Portugueses ao fundo fundinho da Portobello Road em Notting Hill, os amigos da Ni empresários de sucesso no ramo do turismo em Espanha que tive o enorme prazer de visitar, and so on, and so on… ficava aqui o resto dia…
Estes conheço eu...
Mas o que dizer, dos atentados de Bali, na Indonésia, em Outubro de 2005 em que morreu um Português que estava… numa discoteca!
Daqueles que fizeram notícia ao se tornarem alicerce humano enterrados numa barraca de Fortaleza, Brasil, mortos por outro Português, o tal do Militão.
Dos milhares de padeiros e merceeiros no Brasil e Venezuela, dos milhares de pescadores e construtores civis em New Bedford ou New Hampshire, nos EUA e Canadá, grande parte Açorianos (ei-los), e das zonas de Aveiro, Cantanhede e Leiria.
Dos Madeirenses na Venezuela e Africa do Sul (o Berardo é um deles).
Das centenas de milhar na França, Suiça, Alemanha, Inglaterra e Holanda na construção civil também, limpeza e apanha de fruta e outras actividades que os locais não querem fazer, por acharem que é trabalho desprestigiante.
15% dos habitantes do Luxemburgo é, imagine-se, Português!
E todos os outros que ao terem tanto sucesso não são tão falados, porque só as más notícias vendem?
Tudo isto sem pesquisa para não entrar no detalhe.
O hábito que os Ingleses têm de beber chá, foi uma Portuguesa que lhes meteu. 5 o´clock, tea time!
Quem pinta a torre Eiffel quando é preciso, são os Portugueses!
Quem fez, com muito suor e dor de joelhos, o famoso calçadão da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro? Adivinhem! Portugueses e bem decerto dos iletrados!
A cidade capital dos EUA, Washington DC, foi desenhada em função da baixa Lisboeta, sabiam? Desenhada pelo tal do Sebastião de Carvalho e Melo, também conhecido por Marquês de Pombal.
Os primeiros Ocidentais a visitar o Tibete eram Portugueses (os nomes, esqueci-me, procurem na Internet).
Quem provou que sim, afinal Galileu tinha razão, o mundo é redondo? Magalhães.
Descobrir como ir até á Índia, montados nuns bocados de madeira a que chamavam de caravelas, buscar pimenta e especiarias que tais, pagas a peso de ouro, para que uns totós quaisquer comessem comida temperada, nós demos conta do recado!
Quem salvou cerca de 30.000 pessoas na 2ª Guerra Mundial. Não foi o Schindler de certeza! Esse teve direito a filme, mas não foi ele, foi o pobre do Aristides que ficou sem emprego. E sem dinheiro. E com o honra manchada. E ninguém comeu ainda pipocas a ver esse filme no cinema!
Três vivas a D. Afonso Henriques e á Padeira, a Pessoa e Amália, ao Eusébio, Figo, Mourinho e Cristiano, aos pais da Nelly Furtado, ao Guterres, Durão e Sampaio, ao Infante D. Henrique e seus “associados”, a D. Pedro e Inês, Magalhães e a todos os outros que somos nós! Alguns de nós que seguem os passos de outros e procuram, noutro lugar, o sucesso que não conseguem aqui, mas não conheço nem um que não tenha orgulho no país que nasceu, ou em que teve origem.
Ao bacalhau, ás praias do Algarve (cheias de “bifas” suas malucas!), ao vinho, á Super Bock e á Sagres (quem já provou vinho e cerveja estrangeiros sabe do que falo), á sardinha assada na broa, ao S. João, a rainha das festas depois da matança da Porca em Murça do Douro, ao imenso Alentejo cheios de boa gente, às romarias Minhotas, ao Gerês, às Aldeias de Piódão e de Monsanto. Sempre com um Português a acompanhar a falar este idioma de Camões, o quinto mais falado no planeta, o terceiro do mundo Ocidental.
Até a Salazar, que obrigou tantos a dar “O Salto” e assim espalharem os nossos hábitos e costumes, idioma e desenrascanço característico do genuíno Português que fala qualquer língua MESMO!
Sim porque até a opressão e ditadura têm um lado bom da coisa.
Tudo tem.
Desconfio que mesmo que houvesse um cataclismo nuclear à escala global, só sobreviriam dois tipos de organismos: as baratas e os Portugueses. Eita bicho persistente e adaptável ás adversidades. E não estou a falar das baratas!
Mas o maior e melhor Português sou eu!
Arrogante? Talvez, mas pensem todos assim e a ver se não fazemos deste cantinho á beira mar plantado um país bem melhor!
Não somos menos que uns “bifes” quaisquer sem vida própria que vivem com aquilo que lêem nos jornais de referência duvidosa.
Não somos menos que esses cara de “baguete” que para dizerem 97 complicam ao ponto de multiplicarem quatro vezes vinte mais dezassete (quatre-vingt dix-sept).
Muito menos que os Espanhóis que além de Espanhol sabem falar... Espanhol! E que são a simpatia que são! Ui!
Pior ainda os Americanos, que num mapa-mundo não conseguem apontar para o próprio país e que pensam que na América latina se fala… Latim.
O primeiro que eu ouvir dizer, “este país é uma merda”, ou “é este o país que temos” tem de fazer contas comigo!
Ai tem tem!