o meu deZanove

04 outubro, 2007

Comentar pois claro! Apoiado!

A quem passar por aqui, faça-se ouvir. Comente se estiver mal, mas também se estiver bem!
Só aceito é claro as criticas favoráveis, naturalmente! eheheh

Deixe o seu comentário. É bom saber que não estou a escrever para o boneco...

Ou será que estou?

Está alguém aí?!?!? «ECO»

Ser Português! parte II

Ler primeiro Ser Português! parte I (mais abaixo)

Na primeira notícia, que transcrevo mais abaixo, de acordo com a notícia que ouvi na Rádio, havia a possibilidade de alguns desses mineiros serem Portugueses. A própria porta-voz da empresa que explora a mina é Portuguesa. Uma das maiores minas de ouro do mundo volto a sublinhar.

Na segunda notícia, eu, aqui no meu subconsciente, sabia que a música “Mothers of the disappeared” (álbum Joshua Tree) dos U2, que eu tanto admiro, escrita em homenagem às mães dos mortos pelo regime Argentino, era afinal dedicada também a algumas mães Portuguesas.

E o Sr. Januário, empresário no ramo da cortiça que encontrei no Aeroporto de Jijel, na Argélia. E o Sr. Gomes, em Annaba, do Sr. Ribeiro em Batna, de outros 3 senhores que encontrei no hotel de Ain Beida que não fixei o nome, da Madame Sousa(?) proprietária do Restaurante de luxo “Lisboa” em Sétif, do estagiário da concorrência no Auberge du Moulin, em Alger, e muitos, muitos outros que soube que passaram, aonde passei antes de mim. Isto só na Argélia.
Mais! O funcionário do “El corte inglês” e os turistas nas Ramblas, em Barcelona, o funcionário no Aeroporto de Orly em Paris, emigrante de segunda geração que falava um Português mais perceptível que um Açoriano (já lá vamos), o minimercado e o café Portugueses ao fundo fundinho da Portobello Road em Notting Hill, os amigos da Ni empresários de sucesso no ramo do turismo em Espanha que tive o enorme prazer de visitar, and so on, and so on… ficava aqui o resto dia…
Estes conheço eu...

Mas o que dizer, dos atentados de Bali, na Indonésia, em Outubro de 2005 em que morreu um Português que estava… numa discoteca!
Daqueles que fizeram notícia ao se tornarem alicerce humano enterrados numa barraca de Fortaleza, Brasil, mortos por outro Português, o tal do Militão.
Dos milhares de padeiros e merceeiros no Brasil e Venezuela, dos milhares de pescadores e construtores civis em New Bedford ou New Hampshire, nos EUA e Canadá, grande parte Açorianos (ei-los), e das zonas de Aveiro, Cantanhede e Leiria.
Dos Madeirenses na Venezuela e Africa do Sul (o Berardo é um deles).
Das centenas de milhar na França, Suiça, Alemanha, Inglaterra e Holanda na construção civil também, limpeza e apanha de fruta e outras actividades que os locais não querem fazer, por acharem que é trabalho desprestigiante.
15% dos habitantes do Luxemburgo é, imagine-se, Português!
E todos os outros que ao terem tanto sucesso não são tão falados, porque só as más notícias vendem?
Tudo isto sem pesquisa para não entrar no detalhe.

O hábito que os Ingleses têm de beber chá, foi uma Portuguesa que lhes meteu. 5 o´clock, tea time!
Quem pinta a torre Eiffel quando é preciso, são os Portugueses!
Quem fez, com muito suor e dor de joelhos, o famoso calçadão da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro? Adivinhem! Portugueses e bem decerto dos iletrados!
A cidade capital dos EUA, Washington DC, foi desenhada em função da baixa Lisboeta, sabiam? Desenhada pelo tal do Sebastião de Carvalho e Melo, também conhecido por Marquês de Pombal.
Os primeiros Ocidentais a visitar o Tibete eram Portugueses (os nomes, esqueci-me, procurem na Internet).
Quem provou que sim, afinal Galileu tinha razão, o mundo é redondo? Magalhães.
Descobrir como ir até á Índia, montados nuns bocados de madeira a que chamavam de caravelas, buscar pimenta e especiarias que tais, pagas a peso de ouro, para que uns totós quaisquer comessem comida temperada, nós demos conta do recado!
Quem salvou cerca de 30.000 pessoas na 2ª Guerra Mundial. Não foi o Schindler de certeza! Esse teve direito a filme, mas não foi ele, foi o pobre do Aristides que ficou sem emprego. E sem dinheiro. E com o honra manchada. E ninguém comeu ainda pipocas a ver esse filme no cinema!

Três vivas a D. Afonso Henriques e á Padeira, a Pessoa e Amália, ao Eusébio, Figo, Mourinho e Cristiano, aos pais da Nelly Furtado, ao Guterres, Durão e Sampaio, ao Infante D. Henrique e seus “associados”, a D. Pedro e Inês, Magalhães e a todos os outros que somos nós! Alguns de nós que seguem os passos de outros e procuram, noutro lugar, o sucesso que não conseguem aqui, mas não conheço nem um que não tenha orgulho no país que nasceu, ou em que teve origem.
Ao bacalhau, ás praias do Algarve (cheias de “bifas” suas malucas!), ao vinho, á Super Bock e á Sagres (quem já provou vinho e cerveja estrangeiros sabe do que falo), á sardinha assada na broa, ao S. João, a rainha das festas depois da matança da Porca em Murça do Douro, ao imenso Alentejo cheios de boa gente, às romarias Minhotas, ao Gerês, às Aldeias de Piódão e de Monsanto. Sempre com um Português a acompanhar a falar este idioma de Camões, o quinto mais falado no planeta, o terceiro do mundo Ocidental.

Até a Salazar, que obrigou tantos a dar “O Salto” e assim espalharem os nossos hábitos e costumes, idioma e desenrascanço característico do genuíno Português que fala qualquer língua MESMO!
Sim porque até a opressão e ditadura têm um lado bom da coisa.
Tudo tem.

Desconfio que mesmo que houvesse um cataclismo nuclear à escala global, só sobreviriam dois tipos de organismos: as baratas e os Portugueses. Eita bicho persistente e adaptável ás adversidades. E não estou a falar das baratas!

Mas o maior e melhor Português sou eu!

Arrogante? Talvez, mas pensem todos assim e a ver se não fazemos deste cantinho á beira mar plantado um país bem melhor!
Não somos menos que uns “bifes” quaisquer sem vida própria que vivem com aquilo que lêem nos jornais de referência duvidosa.
Não somos menos que esses cara de “baguete” que para dizerem 97 complicam ao ponto de multiplicarem quatro vezes vinte mais dezassete (quatre-vingt dix-sept).
Muito menos que os Espanhóis que além de Espanhol sabem falar... Espanhol! E que são a simpatia que são! Ui!
Pior ainda os Americanos, que num mapa-mundo não conseguem apontar para o próprio país e que pensam que na América latina se fala… Latim.

O primeiro que eu ouvir dizer, “este país é uma merda”, ou “é este o país que temos” tem de fazer contas comigo!

Ai tem tem!

Ser Português! parte I

Mais de 1.300 mineiros já foram salvos em mina de ouro na África do Sul

Mais 1.300 mineiros dos cerca de 3.200 que ficaram bloqueados numa mina sul-africana quarta-feira já foram salvos, anunciaram responsáveis da mina e do sindicato.

Mais de 1.000 mineiros exaustos trabalharam na mina sul-africana durante a noite para resgatar 3.200 mineiros impedidos de regressar à superfície depois de um tubo de grande dimensões ter caído sobre a caixa eléctrica que alimenta o elevador que dá acesso à superfície.
Os mineiros, que ficaram bloqueados cerca das 10:00 locais de quarta-feira (09:00 em Lisboa) a 2.150 metros de profundidade, estão a ser resgatados até à superfície num transporte muito mais pequeno, o que torna o processo lento.
(…/…)
O responsável garantiu que todos os resgatados se encontram de boa saúde, apesar de muitos terem estado no subsolo durante 28 horas.
(…/…)
Não há ferimentos a registar e nenhum dos mineiros corre perigo na mina Elansrand, da Harmony Gold, segundo responsáveis da empresa e do sindicato.
A mina Elandsrand é a terceira maior produtora de ouro na África do Sul, que produz cerca de 600 quilogramas de ouro por mês.
Fonte: © 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.



Cinco portugueses na lista de desaparecidos durante a ditadura militar na Argentina


Um português vai ser evocado como vítima da ditadura militar argentina mas dados recentemente divulgados revelam que pelo menos mais quatro cidadãos nacionais morreram na "guerra suja" movida pela junta militar contra a oposição.

Pelo menos cinco portugueses estão entre os milhares de desaparecidos durante a ditadura militar na Argentina, que teve início em 1976 e durou sete anos, segundo dados revelados pelo governo argentino e consultados pela Agência Lusa.
Francisco da Fonseca Pereira (64 anos), Rudolfo António Ferreira Coelho Decler, (35 anos), José Lourenço, Francisco Mapril D`asensão (70 anos) e Maria José Sancho da Graça Ferreira são os nomes dos portugueses que constam da lista oficial disponível em vários sítios do governo argentino na Internet.
(…/…)
O embaixador Joaquim Ferreira Marques admitiu ainda ser possível que venham a surgir mais portugueses na lista porque o inventário dos nomes dos desaparecidos é uma iniciativa recente.
"Só com este governo é que as listas começaram a ser actualizadas. Até aqui, não havia uma sistematização das listas dos desaparecidos", afirmou.
(…/…)
Desde o período da ditadura militar foram criadas várias associações como as "Avós da Praça de Maio" e as "Mães da Praça de Maio", que têm lutado pela descoberta da verdade.
No dia 09 de Novembro vai ser inaugurado em Buenos Aires o Parque da Memória, um monumento onde vão ser colocadas lápides com os nomes das pessoas oficialmente confirmadas como desaparecidas.
(…/…)
Segundo a Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (CONADEP), os desaparecidos são mais de nove mil, embora outras organizações humanitárias estimem esse número em 30,000.
(…/…)

Fonte: Marta Clemente© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

27 setembro, 2007

Mudar de vida, ou não, eis a questão...

É a terceira vez que publico aqui uma letra de uma música, a segunda de António Variações. Falta de originalidade? Não sei, talvez, mas ás vezes já foi tanta coisa escrita e inventada que temos a impressão que não andamos a inventar nada de novo.

Ora era essa mesma a situação em que me via e que me fez pensar em mudar de vida. E tão depressa pensei que assim o fiz. Uma das decisões mais importantes da minha, ainda jovem, vida que requereu sobretudo coragem.

A mudança de vida foi baseada na lógica. Tão só e tão simples!
Nem me vou pôr para aqui a justificar pois para mim e para o meu subconsciente já está justificadíssimo. Se alguém, dúvidas tiver, tem com certeza o meu e-mail também.

Descanse, quem não estiver actualizado, pois não optei pela carreira de compositor de músicas. Queria sim compor a "minha música", á minha maneira. Via-me daqui a 6 anos no mesmo ponto que agora e achei que devia agir. Mudar de Vida é sempre uma opção. É bom e recomenda-se.

É sabido que quem gagueja, tem muito mais facilidade em se expressar a cantar. Perante este meu gaguejar, após longas semanas sem publicar, nada melhor que uma bonita letra de um excelente autor, assim que a modos que como quem canta…
Seus males espanta.

Muda de vida

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim?...

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver
Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Letra de António Variações

19 julho, 2007

Mestre Sergio Godinho

Com Um Brilhozinho Nos Olhos


Com um brilhozinho nos olhos
e a saia rodada
escancaraste a porta do bar
trazias o cabelo aos ombros
passeando de cá para lá
como as ondas do mar
conheço tão bem esses olhos
e nunca me enganam
o que é que aconteceu diz lá
é que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa no mundo não há

Com um brilhozinho nos olhos
metemos o carro
muito à frente muito à frente dos bois
ou seja fizemos promessas
trocámos retratos
traçámos projectos a dois
trocámos de roupa trocámos de corpo
trocamos de beijos tão bom é tão bom
e com um brilhozinho nos olhos
tocamos guitarra
pelo menos a julgar pelo som

E o que é que foi que ele disse?
E o que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
passa aí mais um bocadinho
que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
portanto
hoje soube-me a pouco

Com um brilhozinho nos olhos
corremos os estores
pusemos o rádio no on
acendemos a já costumeira
velinha de igreja
pusemos no off o telfone
e olha nao dá para contar
mas sei que tu sabes
daquilo que sabes que eu sei
e com um brilhozinho nos olhos
ficámos parados
depois do que não te contei

Com um brilhozinho nos olhos
dissemos sei la
o que nos passou pela tola
do estilo: és o number one
dou-te vinte valores
és um treze no totobola
e às duas por três
bebemos um copo
fizemos o quetro e pintámos o sete
e com um brilhozinho nos olhos
ficámos imoveis
a dar uma de tête a tête

E com um brilhozinho nos olhos
tentamos saber
para lá do que muito se amou
quem éramos nós
quem queriamos ser
e quais as esperanças
que a vida roubou
e olhei-o de longe
e mirei-o de perto
que quem não vê caras
não vê corações
e com um brilhozinho nos olhos
guardei um amigo
que é coisa que vale milhões

30 maio, 2007




Chegou o dia!

Depois de tanta viagem (cada cupão vermelho corresponde a uma viagem de ida e volta) aqui por terras Argelinas, chegou a hora de embarcar, mas desta feita a caminho de casa. Da minha casa e da minha família. Tava aqui a arrumar a secretária e achei piada a juntar para a posteridade todos estes cupões. Não me habilitam a nada, quanto muito a um dedo acusador por contribuir para o aquecimento global, mas se valessem milhas ou pontos já tinha tido direito a um rádio. No mínimo. Talvez até daqueles que têm rodas e portas e vidros, motor e dá para viajar neles. Desses mesmo que buzinam! Calculo que só em viagens internas aqui pela Argélia tenha feito uns 55.000kms de avião em menos de dois anos. Entre muitos, muitos mesmo atrasos, malas perdidas, confusões das mais variadas e episódios que vou guardar na memória para todo o sempre, nunca me deixaram em terra. Cheguei a esperar 9 horas pelo mesmo avião, mas veio, sempre.
Air Algerie em Português quer dizer, “Avião Atrasado” eheheh

Manhana, hasta Madrid e después, Porto! Canieco!!! Ai caramba!

Agora compreendo os emigrantes, que esperam todo o ano para irem de volta a Portugal. Uma ansiedade coloca-nos em transe nos últimos momentos antes e durante a viagem. Á chegada, após um bom bocado de termos chegado, quando já tivermos visto e abraçado toda a gente, naquele momento que mais parece um sonho, é que se dá a viragem é que damos conta que é mesmo verdade e dizemos: “agora sim estou em casa!”

Nos últimos dois anos, vivi esta situação uma boa vintena de vezes, e de cada vez, acho que perdi uns dez anos de vida. Acho que vou começar a fumar, desconfio que não mata tanto. Ao menos o tradicional emigrante só passa por este martírio uma, máximo duas vezes por ano (mas e daí se calhar até nem se importava de passar o que eu passo).

Desta vez vai ser um bocadinho diferente porque não volto cá tão cedo. Que o Diabo seja surdo, mas se o Mourad, “a contratação da época” der bem conta do recado, e eu, ainda assim, passar umas boas horas ao telefone, acompanho o desenrolar da novela, mas de longe para parecer mais bonito.

Vai ser bom poder saborear um bom bacalhau, a sardinha assada no nosso primeiríssimo Santo António em Famalicão, o Lago dos Cisnes (finalmente o Lago dos Cisnes) no Coliseu do Porto, a despedida de solteiro do Carlitos (quem quer saber de casório mesmo eheheh), poder fazer fisioterapia ao pé, enfim, liberdade de fazer o que quiser, como quiser, onde quiser, LI-BER-DA-DE! Um verdadeiro binte-xinco-abrile mas em Junho eheheh
Sei lá, acho que vou cometer uma loucura e pedir, sei lá, um croissant misto no pão quente lá ao pé de casa. Ai fiambre… E depois estranho os kilos a mais, é a terceira vez que falo em comida num paragrafo (e eu nem falei na despedida de solteiro eheheh)

Vou então carregar o carro da matricula amarela com as malas cheias de Saudades, ensaiar o sotaque “avec” para impressionar (ah oui ahn!), ouvir a cassete pimba do emigrante, e vou partir, naquela estrada…


Chez moi.

Adeus

Adeus que me vou embora
Adeus que me embora vou
Vou daqui para a minha terra
Que eu desta terra não sou

Tenho minha mãe à espera
Cansada de me esperar
Naquela encosta da serra
Vamos ser dois a chorar

À espera tenho o meu pai
Aos anos que o não vejo
O tempo que vai durar
O meu abraço e o meu beijo

(Excerto de um tema tradicional do Alto Minho)


Até sempre Tio Amândio

25 maio, 2007

Os meus impostos, aonde vão eles...








Almeida Santos afasta aeroporto na margem Sul por problemas de segurança
O presidente do PS, Almeida Santos, invocou quarta-feira perigos de segurança para a localização de um aeroporto na margem Sul do Tejo, advertindo que uma ponte dinamitada poderá desligar o Sul do Norte do País.

"Um aeroporto na margem Sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o Norte do Sul do País", declarou Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS.

Em declarações aos jornalistas, Almeida Santos disse desconhecer as afirmações proferidas pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, que afastou a hipótese de o aeroporto se localizar na margem Sul do Tejo por as zonas de Poceirão, Faiais e Rio Frio (as alternativas à Ota) serem um "deserto".

"Não é num deserto que se faz um aeroporto" , sustentou Mário Lino.


Fonte: Agência Lusa

Ora daqui sai o quê?


O governo no fundo no fundo, não quer o Aeroporto na Margem Sul, porque depois tem de fazer a manutenção a mais uma (imagine-se, mais uma) ponte e isso é uma chatice.

Desconfio que o próximo argumento que vão usar é que a Ponte de Hintze Ribeiro, em Entre-os-rios, também foi dinamitada. Manutenção que era bom, tá quieto!

Estes mesmos senhores qualquer dia andam para aí a dizer que vamos ter TGV entre Lisboa e Porto. Sim, um comboio que para conseguir atingir a alta velocidade (anunciados 300km/h) tem de se "esquecer" de parar em Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro (paragens previstas). Qualquer semelhança com um comboio regional é pura coincidência.

Tenham juízo e lembrem-se que o meu rico dinheirinho anda a ser administrado por quem não tem tento na língua e que antes de falar devia pensar. Já nem digo duas vezes.

18 maio, 2007

António Alfacinha entra em Julho na “Turma da Mónica”

"António Alfacinha", a personagem portuguesa da Turma da Mónica, do brasileiro Maurício de Sousa, vai estrear-se em Julho, informou hoje uma fonte da empresa responsável pela edição da obra.

A nova personagem, cujo sobrenome é uma alusão aos lisboetas, terá a sua primeira participação na revista do Cebolinha, da Turma da Mónica, com distribuição em todo o Brasil e também em Portugal.
António Alfacinha terá "sotaque lusitano", sendo o objectivo mostrar às crianças as diferenças entre o português dos dois lados do Atlântico, explicou o responsável pela Maurício de Sousa Produções.
O autor planeia igualmente explorar nas bandas desenhadas as confusões e desentendimentos causados pelos diferentes significados que algumas palavras têm nos dois países.
A edição a ser distribuída em Portugal terá a grafia do português do Brasil, decisão tomada com base numa sondagem feita pelo próprio autor junto de leitores portugueses.
A maioria dos entrevistados, segundo a fonte, confessou que prefere ler a banda desenhada em português "brasileiro".
A decisão de criar uma personagem portuguesa tinha sido anunciada por Maurício de Sousa, no ano passado, por ocasião do Festival de Banda Desenhada de Amadora.
Fonte: Agência LUSA


Nada contra, mas António?!?


Ainda por cima Lisboeta! BAH!

13 maio, 2007

e os felizardos deste mês sao...

Quem me conhece, sabe que sou exímio em questões de datas, sobretudo, aniversários. …e o Dezanove claro está.

E modéstia, não? Claro!

Dizia eu que estou atento, ou pelo menos esforço-me para me lembrar de toda a gente na sua data mais especial. Quando chega o dia tento não deixar passar a oportunidade de falar com essa pessoa, o que se torna um pouco difícil, pois é tanta gente, e tão dispersa, que conheci em tantas situações e épocas diferentes que chegar a todos é um dos 12 trabalhos de Ulisses, mas faço o que posso.

E pois claro, de todos, alguns se realçam, e o mês de Maio é propício neste aspecto. Ora então aqui vão os números da lotaria:

A 6 de Maio 1998, David Lameirinhas Soares, meu querido e lindo afilhado. Sim a Carolina, coitadinha, vai ter um padrinho usado eheheh.

A 7 de Maio 1975, Nuno Miguel Vilela Almeida, camarada de liceu, só é mesmo pena ser Portista. Citando-o, “como é que um gajo tão porreiro [eu] é Benfiquista???” No comments!

A 8 de Maio 1977, Luis Miguel Costa Gomes Agostinho, um membro activo do gang, com a ocupação nas horas livres de criador de tsunamis no rio Coura. Este então é que é impossível esquecer. Já bastou uma vez, não foi?

A 9 de Maio 2006 Matilde Cardoso Azevedo. Minha pequenina primita, filha do Pêras e da Lúcia e irmã da futura international pop star Inês!

A 27 de Maio 1979, Carla Maria Sobral Pinto, a minha P+P, que lá longe em Paris, que com o meu cousin Jerôme “le patissier” (em Pt, “le pasteleiro”) esperam o querido mês de Agosto, para como qualquer emigrante voltar e rever a família.

A 30 de Maio 1971 Luis Miguel Gonçalves Silva, querido camarada de luta com quem tive o prazer de trabalhar no meu périplo pelo Alentejo e Algarve.

Canieco! São pelo menos 6 (seis)!

Confesso que podia ter um Mercedes (ainda que usado, como o padrinho!) se tivesse poupado todos os euros (e escudos) que gastei, mas tal como este blog, foi uma maneira que encontrei de não perder o contacto com a malta. Algumas das pessoas, da lista anual, só falo com elas nesse dia e pelas festas de Dezembro. Mas não há nada como ouvir as suas vozes, porque convenhamos, toda, mas TODA a gente mesmo, gosta de se sentir lembrada, e no seu aniversário então… Aliás esta é outra das razões pelo qual tento deixar passar estas datas, eu mesmo, mea culpa, no que toca ao meu aniversário, parece que faço sempre 6 anos! Sou um autêntico puto! Ano passado, metemos lá em casa 24 pessoas para comerem bolo rasca e beber champagne quente! Mas lá estavam! E pouco me podia fazer tão feliz! Talvez mais de 24? Eheheh

Para todos então, aqueles que me lembro e aqueles que, como ser humano me esqueci, um muito Feliz Aniversário!

Seus bebés!

06 maio, 2007

Maria Fernanda Carneiro

Mãe é Mãe e hoje é o dia dela.

E a minha, desculpem a modéstia, é a melhor do mundo!

Um xi bem apertado para ela e um beijinho cheio de carinho e Saudades.

Prontos, prontos, para todas as outras mães do Mundo, um beijnho especial.

Mas na verdade, uma Mãe não precisa de ter um dia específico para saber, que sem elas, não eramos mesmo ninguém!

29 abril, 2007

Simplesmente… Floribela.

Para quem anunciava aos 4 ventos o mais espectacular dos blogs (ainda bem que sou modesto) não tenho correspondido, eu sei e as bocas fazem-se ouvir.

Na verdade, o ânimo por aqui não tem sido dos melhores, volta e meia vou a baixo e estes últimos dias têm sido desses. Que fazer?!? Isto aqui não é nada fácil… Coitadinho de mim!

Passo a explicar, estar no estrangeiro, é complicado. (UAU que génio!)
Quero dizer que é complicado as in difícil! Começo pela parte do difícil.

Quando me disseram que tinha de vir para cá fiquei a saber lá na empresa que este era considerado um “país de vida difícil” segundo os recursos humanos, que é como quem diz, é um país de risco, mas sem assumir porque senão parece mal e muito negativo.
Além de ser difícil estar longe de casa, do conforto do lar e da companhia da cara-metade, da família e da faMelga, dos Amigos, é também difícil estar longe de um cinema, de andar na rua sem ter medo de ser assaltado, de conduzir sem parecer uma corrida de NASCAR (em que não passam nem por cima nem por baixo por ser tecnicamente inviável), de ter uma conversa que tenha um mínimo de cultura e de senso que não seja anti-americanos, anti-JUIFS (judeus, com direito a entoação cerrada) ou com a insinuação que Portugal é um país de atrasados, em relação á Europa e ao Mundo e engolir em seco por não poder contrapor (não convém, mas vontade…).
Complicado é trabalhar nestas condições, viajar de avião semana sim semana sim (sempre mas sempre atrasado), viver em hotéis (nem vou falar disso), falar Francês (que língua de rotos) e o desfasamento de dois dias do fim-de-semana que mesmo dois anos depois ainda não me consegui adaptar.
Mas o que custa mesmo, mesmo mesmo, é sentir que estou numa “prisão” em que não tenho liberdade para parar o carro e tirar uma foto a um pôr-do-sol, por mais bonito que seja, em passar semanas atrás de semanas a acumular uma angústia impotente de não ir aonde quero, como e com quem quiser. Custa não me conseguir alienar da pressão do trabalho por falta de uma razão justificada e de tempo para me libertar dos problemas e situações desagradáveis do dia-a-dia. Falta aquele “reset” que se faz ao fim-de-semana, em que aqui, como não o tenho, pelo menos nas mesmas condições, acabo ás vezes, por não conseguir ter uma objectividade para coisas claras e simples. Custa saber o que tenho e dar graças em ser Português e falar Português e não me poder socorrer disso como um super herói saca da sua capa ou um batoteiro saca um Ás de espadas.

Mas basta de lamúrias!

Não precisei de vir para aqui para dar valor àquilo que tenho e consegui, mas visto daqui, visto aqui de bem longe roça a maior fortuna que podia sonhar, acordado ou a dormir.
Estou a falar de Tu, Españolita, estou a falar da D. Fernanda e do Sr. Manuel, estou a falar do meu manito, estou a falar da família que é sempre família, estou a falar do meu gang com quem assalto os bancos, desarmo as bombas com o mostrador nos 2 segundos e derroto os super vilões. Estou a falar do nosso jardim á beira de Famalicão plantado, da nossa “Toca” com o sofá (ai que pista de aterragem) e a área de serviço para os pássaros, estou a falar das pessoas com quem tive a felicidade de me cruzar ao longo de todos estes anos, esses mesmo que sabem de quem eu estou a falar.
Trago tudo cá dentro e enche-me a alma.
É esse o meu elástico deste grande salto de bungee-jumping que é esta viagem.
Às vezes vou abaixo, porque sim, mas isto que tenho, ninguém mo tira ele puxa-me para cima!

Haja o que houver!

Como diria um velho amigo: “se são estes os problemas dos ricos, como serão os dos pobres?”.
Ora... Na verdade, eu sou pobre em ouro mas rico rico em sonhos.


Estão consigo Tio Amândio os meus pensamentos. Força!